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O menino que parou de dançar

  • grupomaespretas
  • 14 de jun. de 2022
  • 1 min de leitura















Sempre que uma das minhas filhas está dançando, o pai delas diz: “Eu também sabia dançar!”


Um dia aprofundei a conversa, pois hoje ele claramente não tem familiaridade com a dança, e ele explicou:

“Eu dançava até que comecei a receber apelidos, riam do jeito que eu dançava e parei de dançar.”


Seu corpo tão ágil para a capoeira, realmente não combina com a dureza no samba, para a falta de coordenação na gafieira.


O racismo faz isso com as nossas crianças, ele endurece. Ser um menino retinto se destacando incomoda. E em um contexto de sobrevivência na favela, dar a devida atenção para contornar o que apelidos racistas causam não é a prioridade.


O menino que parou de dançar, não parou de sonhar, mas sonha com os limites de um racismo que o tocou lá na sua infância.

 
 

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