"Morei em Copacabana... Eu só passava raiva"
- grupomaespretas
- 14 de dez. de 2022
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Essa foi a frase que recebi no direct de uma seguidora depois de postar nos stories o acontecido com Lêmba Nyanga.
Passamos dois dias em Madureira, com as meninas correndo no Mercadão, no shopping é absolutamente ninguém as tocou.
Saímos para jantar, nosso primeiro passeio em Copacabana e um homem velho e branco se achou no direito de tocar na cabeça, deslizando a mão para as costas da minha filha.
Enlouqueci! Ensinamos as meninas desde pequenas que o corpo delas não deve ser tocado sem autorização. Eu não escondo minha dificuldade em reprimir homens, por medo de apanhar mesmo. Mas enlouqueci. Gritei, gritei mais alto, o homem não virou, apertou o passo e sumiu.
Nyanga pulava a meio metro de mim, ela não estava desacompanhada, ela estava bem vestida, bem cuidada. Falo isso me convencendo de que não fui eu que possibilitou esse abuso.
É culpa exclusiva desse homem branco que circula em Copacabana e julga todos os corpos pretos como sua propriedade. Estou perdendo o sono com a raiva contida de não ter batido nele, gritado mais, filmado a cara dele. Estou perdendo o sono, pois não sei o que fazer para proteger minhas filhas de gente como essa.