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Mães pretas e a obsessão por seus filhos

  • grupomaespretas
  • 23 de out. de 2020
  • 1 min de leitura















Segundo o dicionário obsessão é a preocupação exagerada com alguma coisa; apego excessivo a alguém, uma compulsão… É fácil encontrar mulheres negras que ao longo da sua vida não tiveram a oportunidade de ter nada ou muito pouco. Não adquiriram uma casa, um patrimônio, um bem material, assim como não adquiriram um relacionamento afetivo. Muitas não tem uma família, pularam de emprego em emprego, mas enfim elas tem um filho. E esse filho passa a ser tudo o que essa mulher tem.


Logicamente, um filho deve ser tratado como a preciosidade que é. Mas em um mundo onde já nascemos expostos a tantos perigos, um mundo que nos privou tanto, essa relação se torna uma obsessão. Mulheres negras que não permitem que seus filhos saiam de casa, que infantilizam suas crianças atrasando seu amadurecimento, que controlam os relacionamentos de seus filhos, mães pretas que sufocam e idealizam a vida dos filhos, como uma extensão da sua. Passam a impor o peso de: “- Somos somente eu e você!


Essa obsessão não é intencional, nem premeditada. Ela é um instinto de sobrevivência, é a proteção que tentamos efetivar até com ações ilógicas de cárcere emocional. Talvez muitas de nós que hoje somos mães, tenhamos sido a filha de uma mãe obcecada. Esse diagnóstico somente um profissional de saúde mental poderá fazer e certamente minha intenção aqui não é sugerir uma cura, mas a partir daqui podemos começar a pensar como tem sido as relações que nos construíram e as que estabelecemos com nossos pequenos. Pensar a respeito é um bom começo.


 
 

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